segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ministério de Saúde intensifica ações contra a Gripe A



A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.


Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.
As mudanças recentes no protocolo de atendimento da gripe suína do Ministério da Saúde revelam como a doença vem sendo tratada cada vez mais como epidêmica no Brasil. O objetivo primordial passou a ser evitar mortes --e, não mais, impedir a todo custo a disseminação do vírus pelo país. Esta semana depois do surgimento de mais quatro novos casos da doença no Rio Grande do Sul, subiu para 15 o número de pessoas mortas pelo vírus Influenza A (H1N1) no Brasil, desde o dia 28 de junho.


O Ministério da Saúde informa que passou a tratar quem está em estado grave em vez de tentar diagnosticar todo caso suspeito. A fim de diminuir a morbidade e não sobrecarregar o sistema de saúde, só os casos graves são levados para hospitais de referência a fim de confirmar a presença do vírus. A recomendação agora é para que a pessoa fique em casa por alguns dias, o que também é aconselhado na gripe comum. Isolamento, só hospitalar e para pacientes em estado grave.


As unidades de saúde não precisam mais investigar vínculos do paciente com o exterior ou fazer a perguntas sobre viagens. Precisam só verificar se o paciente tem uma doença respiratória grave, não importa qual, para encaminhá-lo.


A OMS (Organização Mundial da Saúde) elevou o espalhamento da doença ao nível de pandemia devido ao seu alcance, a despeito das mortes que ela causou. Foram cerca de 95 mil pessoas atingidas, em 120 países, com 429 mortes.


Na semana passada, a organização desistiu de contar os casos individuais de gripe suína e não irá mais emitir boletins globais sobre o número de doentes. Segundo a organização, manter a conta de infectados é muito dispendioso, pois o vírus se espalha rapidamente.
Segundo estimativa do ministério a pandemia de gripe suína pode durar dois meses em grandes centros urbanos. As epidemias de influenza em grandes centros urbanos se caracterizam pelo início abrupto, atingem seu pico em duas ou três semanas e se prolongam até completar cinco a oito semanas. Isso significa que os números ainda vão piorar antes de melhorar.


A pandemia de gripe provocada pela nova variante do vírus A H1N1 poderá atingir entre 35 milhões e 67 milhões de brasileiros ao longo das próximas cinco a oito semanas. De 3 milhões a 16 milhões desenvolverão algum tipo de complicação a exigir tratamento médico e entre 205 mil e 4,4 milhões precisarão ser hospitalizados.





Por Jainara Costa

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